Durante
este mês de julho, a Vale vai apresentar em diferentes municípios do
Pará e do Maranhão, o projeto de Expansão da Estrada de Ferro Carajás
(EFC), que visa aumentar a capacidade de transporte de minério de
ferro. O objetivo é explicar às comunidades os programas ambientais,
benefícios e outras questões relacionadas ao empreendimento e o seu
Estudo Ambiental. As reuniões estão sendo coordenados pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e
fazem parte do processo de licenciamento do projeto. No Pará, a reunião
acontece em Marabá, nesta segunda-feira (9). Já no Maranhão, acontece
em Açailândia (10), Alto Alegre do Pindaré (11) e Santa Rita (12).
O projeto de Expansão da EFC representa um dos maiores investimentos da empresa em logística e
vai gerar mais de 8 mil empregos no pico das obras, que acontecerão em
27 cidades, sendo quatro no Pará e 23 no Maranhão. A Vale aguarda a
concessão da Licença de Instalação por parte do IBAMA para iniciar as
obras, com exceção de um trecho de 60 km que já foi licenciado pelo
órgão e que abrange os municípios de Santa Rita, Itapecuru-Mirim,
Anajatuba, Buriticupu, Bom Jesus das Selvas e Açailândia.
A
obra interligará os 54 pátios de manobra já existentes ao longo da
ferrovia que possui 892 km, permitindo que os trens circulem nos dois
sentidos. Hoje, a EFC possui apenas uma linha e os pátios funcionam como
desvios no cruzamento dos trens. Essa conexão representa a instalação
de 559 km de trilhos.
Segurança e Tecnologia
Outro
ponto importante do projeto é o foco na melhoria da segurança das
pessoas e da operação. Ao todo, serão construídos 43 novos viadutos
rodoviários, melhoria e prolongamento de passagens de pedestres e
veículos, além da instalação de cerca ou muro de proteção ao longo de
toda a faixa de domínio da EFC. A faixa de domínio, de propriedade da
União, é a área destinada à segurança da comunidade e operação
ferroviária.
A
implantação da nova linha ferroviária de Carajás está sendo realizada
com a utilização de maquinários considerados os mais avançados em
tecnologia de construção de ferrovia no mundo. Foram adquiridas máquinas
como a NTC (New Track Construction) que tem capacidade de construir
1.500 metros de linha por dia, inovando a produção de grade ferroviária.
Essa tecnologia garante mais segurança aos trabalhadores e
confiabilidade à operação. Além disso, as obras de expansão irão
empregar dormentes de concreto ao invés de madeira. Os dormentes de
madeira utilizados atualmente serão substituídos. A tecnologia vem
contribuir com a proteção ambiental.
Programa Capacitação Logística Norte (CLN)
As
obras de expansão da Estrada de Ferro Carajás, a construção de um ramal
ferroviário de 100 km, no Pará, bem como a expansão do Terminal
Portuário de Ponta da Madeira, em São Luis, incluindo a constção do Píer
IV, integram o Programa Capacitação Logística Norte (CLN). O objetivo
do Programa é preparar toda a infraestrutura logística da Vale para
transportar o volume de minério de ferro produzido no Pará. Com o fim
das obras, previsto para o segundo semestre de 2016, será possível
transportar e embarcar 230 milhões de toneladas por ano (Mtpa). Hoje a
capacidade de transporte da EFC é de 130 Mtpa.
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